Demi Lovato, aos 20 anos, acaba de lançar seu quarto álbum de carreira. "Demi" vem com a missão de estabilizar a ex-estrela da Disney no mercado fonográfico, mas será que conseguiu?
Abrindo o álbum, temos o single "Heart Attack". A faixa não trás nada de novo é pode até soar despercebida, mas possui uma produção bem radiofônica o que deve ser a causa do relativo sucesso da música. "Made in the USA" soa repetitivo, mas possui um refrão pegajoso. Confesso ter implicância com essas letras que tem USA. rsrs A escolha como single pode ser até acertada para o mercado norte-americano. "Without the Love" é fofinha, gostosa, radiofônica e grudenta. Se ela não usar a faixa como single vai ser burrice. O refrão cantado de forma forte e firme nos lembra o hit "Give Your Heart a Break".
Acho que os produtores do álbum queriam ter certeza que se o álbum falhasse eles teriam uma carta na manga. Só isso explica a faixa "Neon Lights". A música que começa promissora, acaba se tornando um dance farofa com batidas genéricas no refrão. Mas sabe o que é pior? A música pega fácil. Vai ser o tipo de música que se tocar na boate você não ficará parado. "Two Pieces" é a primeira balada do álbum. Aqui temos um canção sólida, tanto na composição como produção e interpretação de Demi. "Nightingale" é outra balada, mas eu achei levemente brega, mas gostei mesmo assim. "In Case" é uma balada mais íntima, com piano e voz apenas. Tentativa de ser uma "Skyscraper"?
"Really Don't Care " é a única faixa com parceria. Aqui Cher Lloyd faz uma ínfima participação ao fim da música. Sonoramente a faixa é um bubblegum que lembra o que o One Direction faz, mas tem momentos que acho que Lovato irá cantar "I love it" das Icona Pop. "Fire Starter" é totalmente whatever, não fede e nem cheira. "Something That We're Not" é uma faixa cativante com carinha de verão.
Se "Never Been Hurt" era para seguir a mesma linha de "Neon Lights" foi bem fail.. O máximo de interessante é o dubstep do refrão. "Shouldn't Come Back" é uma baladinha super gostosa e melhor que "Nightingale". "Warrior" fecha o álbum com louvor. A faixa é a mais próxima sobre o que Demi já passou e sente. Aqui sua interpretação está impecável. "I Hate You, Don't Leave Me" é bônus track, mas poderia estar na tracklist oficial. Muito lindinha a faixa com esse vilão ao fundo.
Conclusão: "Demi" se distancia dos dois primeiros álbuns da cantora. Agora ela soa uma versão mais pop e imatura de Kelly Clarkson, mas longe da versão feminina do pop-Rock feito pelo Jonas Brothers. O que pode ser um tipo no pé sobre este álbum, é que esperávamos um álbum mais maduro por parte da Demi Lovato, visto que seu terceiro álbum mostrou amadurecimento. Em "Demi" vemos uma cantora que quer manter o público que tem, mas não arrisca a conquistar novos. O álbum soa que foi baseado na sonoridade do ""Give Your Heart a Break". Mas a vantagem é que temos um álbum redondinho, apesar de umas composições duvidosas. O que tem mantido Demi Lovato no mercado ainda é o modo como a mesma interpreta suas músicas. Parece uma cantora de rock cantando pop, mas de uma maneira muito particular, o que acaba dando personalidade às suas faixas. Agora, será que Demi irá se manter muito tempo como relevante?
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