A cantora Ke$ha conseguiu, para a surpresa de todos, se tornar uma das artistas Pop de maior relevância nos últimos anos. Porém o seu sucesso não venho acompanhado de um grande talento e um trabalho cheio de qualidade. Meses após o seu lançamento, finalmente me rendo ao álbum "Warrior", o segundo da "cantora". Ouvindo pela primeira vez, o álbum parece linear e muito parecido com o que ela apresentou anteriormente. Mas se olharmos mais de perto, percebemos o amadurecimento do trabalho da cantora.
"Warrior", faixa título do álbum, é um resumo do trabalho que Ke$ha vem fazendo deste que surgiu. Isso é tudo graças a produção do companheiro de longa data Dr. Luke, acompanhado do Cirkut. A música é um pop dance feito para as pistas com carinha de banger club e um com break dubstep. A letra parece mais uma continuação de "We R Who We R", porém agora não é apenas mais se aceitar e sim quebrar tudo por que você é um lutador. Seguimos então para "Die young", primeiro single do novo álbum. A música é uma delícia e dançante ao mesmo tempo. O fundinho com violão deu um ar todo especial à faixa, além de um refrão grudento. "C'mon", segundo single, por sua vez não traz nada de novo. A faixa é apenas a sequência do que Ke$ha já fez anteriormente ao falar de festar all night long e não entendi muito bem o porque de ter sido escolhida como single.
"Thinking of You" incia com uma guitarra, mas acaba caindo em um pop lentinho e radiofônico. "Crazy Kids" parece mais um misto de "Whistle" do Flo Rida com "Sleazy" do EP Cannibal. Inicia com assovios e temos a Ke$ha dando uma de rapper. I Like it! "Wherever You Are" é o tipo que remete trilha sonora de filmes de comédia romântica que passam na Sessão da Tarde feitos e foram produzidos no no fim dos anos 80 e início dos anos 90. É gostosa, lentinha, te deixa nostálgico e é um ótimo esquenta para a noite. Dá para sair no carro com essa faixa tocando a caminho da buatchy.
"Dirty Love" é a faixa de abertura para a parte mais Rock do álbum e que foi prometida durante sua divulgação. Aqui temos a participação mais que especial do roqueiro Iggy Pop. A música se mostra uma das mais fortes do álbum e se tornaria um ótimo single. É trash como tudo que Ke$ha faz, mas é diferente ao mesmo tempo ao ser um rock dançante. "Wonderland" é uma daquelas baladinhas bregas que Ke$ha faz, porém a música foi muito feliz em seu arranjo e produção ao colocar a cantora acompanhada de um piano e bateria. Aqui ela quer mostrar que sabe cantar sem auto-tune e convida o Patrick Corney, integrante do Black Keys, para acompanha-la. Seguindo a linha rock, temos "Only Wanna Dance With You", uma faixa antiga da cantora que já circulava em sua versão demo à tempos. Para a sua versão final foram convocados os meninos do The Strokes, Julian Casablancas e Fab Moretti. A faixa além de lembrar os trabalhos da banda, também lembra muito o rock dos anos 60, onde a galera do Grease dança em meio a uma sorveteria. rsrs
"Supernatural" traz o eletropop de volta em uma faixa feita sob encomenda para as pistas. A faixa é de longe uma das melhores do álbum. Não se encaixa muito bem com as rádios, mas nas boates cairia muito bem. "All That Matters (The Beautiful Life)" soa conhecida, mas você não consegue descobrir o porque, aí você descobre que a faixa foi produzida por Max Martin e tudo faz sentido.
"Love Into the Light" é mais uma balada e que espero que Ke$ha tenha coragem de arriscar como single. É uma faixa mais introspectiva e seria interessante saber se ela teria sorte lançando uma música que não seja sobre festejar apenas. "Last Goodbye" é uma semi-baladinha produzida por um puta time: Dr. Luke, Benny Blanco e Cirkut.
"Gold Trans Am" possui sample de "We Will Rock You", do Queen. Aqui Ke$ha faz várias referências ao Rock, mostrando o quão disposta está em investir no estilo. "Out Alive" é um eletrônico puro, com Ke$ha mergulhando de vez na dance music e agitando tudo. "Past Lives" encerra o álbum com um ar mais indie. A música é uma balada que soa mais alternativa e tem nos backing vocals Wayne Coyne do Flaming Lips, que também fez parte da sua produção.
Conclusão: "Warrior" é um álbum muito mais divertido, versátil e gostoso de ouvir que os trabalhos anteriores da cantora Ke$ha. Ela se destaca principalmente nas faixas mais rock e poderia ter investido mais no estilo, mas com certeza esse é um álbum recheado de hits radiofônicos e mostrou que Ke$ha ainda bem um bom caminho a ser percorrido na sua carreira.
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