sábado, 14 de dezembro de 2013

Resenha: Britney Spears - Britney Jean


Demorou um pouco, mas aqui está a resenha do álbum mais pessoal de Britney Spears, o "Britney Jean". Será que ele é tão pessoal como foi vendido? E a qualidade das músicas? Tudo isso veremos abaixo, faixa-a-faixa.

Abrindo o álbum, temos a faixa "Alien". A faixa é uma baladinha meio mid-tempo produzida por William Orbit. O produtor havia trabalhado já com Madonna em "Ray of Light". O resultado no trabalho com Britney não chega a empolgar, mas tem um refrão pegajoso. A voz da cantora estão com um efeito que deixam sua voz meio distante, o que combina com a música e sua temática. Seguindo, temos "Work Bitch", primeiro single e produzida por will.i.am. A faixa é um club banger que parece ter sido feito para aulas de spinner, se é mais do mesmo, ao menos anima qualquer pista. 



"Perfume" era uma das músicas mais esperadas do álbum, pelo simples fato de ser a Sia por trás da composição. No fim, o que nos foi entregue, foi um mid-tempo nada comercial e que não empolga. O ponto legal é ouvir a voz de Britney pura e ainda brincando com ela em vários tons, mas com toda certeza, foi um erro escolher a faixa como segundo single. "It Should Be Easy" é a primeira parceria do álbum. Aqui Britney divide os vocais robóticos com will.i.am em uma faixa repleta de auto-tune e feita para as pistas. Mais genérica impossível e olha que esta é a primeira de uma sucessão de farofas.



Chegamos na faixa cinco e a minha favorita do álbum no quesito músicas para dançar. "Tik Tik Boom" é uma faixa urban bem dirty da princesa do pop com o rapper T.I.. E pergunto, como é que com uma faixa dessas eles não usam como single? A faixa foi feita para as rádios e pistas de dança, e o melhor de tudo é o tempo curto da faixa, fazendo com que nem percebamos o tempo passar. Sonhando com Britney fazendo o twerk no refrão dessa faixa. Seguindo com álbum, voltamos ao genérico: "Body Ache". Mais outra música feita para academias, produzida por David Guetta e will.i.am. É tão genêrica e tão não Britney que nem deveria estar no álbum, mas consegue ainda ser superior que a parceria anterior da cantora do com o will.i.am. "Til It's Gone" é uma faixa que parece ser uma mistura de alguns elementos do álbum anterior da cantora. Aqui temos um pouco de "Big Fat Bass" e "Till The World Ends". Dos pancadões vistos até agora do álbum, é melhorzinho.



"Passenger" é um mid-tempo composto por Katy Perry e com Diplo à frente da produção. A música é simplesmente uma delícia. Um pop simples, chiclete e de certo modo até inocente. Lembra um pouco o primeiro álbum da carreira de Britney. Jamie Lynn, irmã de Britney Spears, está se lançando como cantora country e por que a irmã mais velha e mundialmente conhecida não pode dar uma mãozinha? Então em "Chillin' With You", Jamie divide os vocais com a irmã. A faixa é de longe a música mais curiosa e esquizofrênica do álbum. Aqui ela começa como uma baladinha country e chega em um refrão com batidas frenéticas. Com um refrão super grudento, espero que esta faixa seja single. "Don't Cry" é uma balada eletrônica épica, bem cara da Britney e é ela que encerra a versão Stand do álbum.


"Brightest Morning Star" é produzida por Dr. Luke, amigo de longa data de Britney Spears. A música é bem mais a cara da cantora do que os pancadões empurrados por will.i.am como produtor executivo. É uma faixa gostosa, sem prometer. "Hold On Tight" é um balada sexy, das quais a cantora já nos apresentou diversas vezes. Chega a ser até certo modo, um pouco melancolica. E fechando de vez o álbum, temos "Now That I Found You", uma música extremamente ensolarada. Apesar de não ser um pancadão, a faixa tem aquele climax de auge de festa, onde todos estão felizes e curtindo a noite. Alguém me explica o porque dela ser apenas uma bonus track?

Conclusão: pode ser duro para muitos o que vou dizer, mas para mim (fã de Britney desde o primeiro álbum), "Britney Jean" é a maior decepção que eu já tive da cantora. Posso dizer com toda propriedade que é um dos piores trabalhos da cantora, superando até "Circus" que poderia ter apenas metade das faixas. "Britney Jean" é um álbum confuso, que não se encontra. Ora ele é um pancadão para as pistas, ora ele é uma menina doce e romântica. A organização das faixas não ajuda, além da maioria das músicas serem extremamente genéricas. Os mid-tempos são o ponto alto do álbum, mas mesmo assim não dão tempero à este álbum pop mais insosso da carreira de Spears até hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário